quarta-feira, 16 de abril de 2014

Sissi

Bela e talentosa, a atriz Romy Schneider alcançou fama internacional em Sissi (idem, Áustria, 1955), história da jovem monarca austríaca Elisabeth. O filme teve duas continuações, formando uma trilogia: Sissi, a Imperatriz (1956), e Sissi e Seu Destino (1957). A romântica saga foi dirigida e roteirizada por Ernst Marischka.

Em 1853, a arquiduquesa Sofia (Vilma Degischer) procura uma esposa para o filho Franz Joseph I (Karlheinz Böhm). A escolhida é a princesa Helena da Baviera (Uta Franz), prima de Franz e irmã mais velha de Sissi (à época, Romy tinha 17 anos). Franz, ignorando a verdadeira identidade de Sissi, apaixona-se pela jovem. Após saber quem é a heroína, rompe o noivado com Helena e declara, publicamente, o desejo de se casar com a outra prima.

A decisão contraria a mãe de Sissi, princesa Ludovica da Baviera (Magda Schneider, mãe de Romy na vida real). Sobretudo, enfurece Sofia, que vê em Sissi apenas uma adolescente mal-educada, incapaz de assumir o trono de Viena. Só a persistente vontade do imperador pode garantir o futuro do casal.

 Romy Schneider alcançou fama na inesquecível trilogia

A ingenuidade, digamos, de Sissi é compensada pelo carisma. Por onde passa, a personagem parece quebrar os dogmas comportamentais da corte dos Habsburgo, dinastia que tem os dias contados na Europa das revoluções do século 19 e da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Num momento inicial, pode parece apenas uma obra amorosa, de cenários deslumbrantes e piadas leves, em clima de opereta e de valsas de Strauss. Mas Sissi, indiscutivelmente, é mais do que isso. Marischka procurou retratar – sem rígida fidelidade – um período da história austríaca. Menções ao niilismo, a atos de terrorismo, à problemática das nacionalistas (húngara, croata etc.) proporcionam à película componentes políticos relevantes.

PS: Minha mãe, Noecy, a quem devo muito do meu gosto pelo cinema, era fã da trilogia de Sissi. Aliás, como se vê, com razões de sobra.