O
diretor Brian De Palma recebeu grande influência de Alfred Hitchcock. A
condução da narrativa, que amarra o espectador; o emprego de música tensa; o
voyeurismo; o virtuosismo técnico. Esses são elementos típicos do mestre do
suspense e do pupilo. Em Carrie, a Estranha (Carrie, Estados Unidos, 1976) –
baseado no romance homônimo de Stephen King –, De Palma alcançou enorme
sucesso. Terror, sangue e morte mesclam-se nessa obra lírica e fascinante.
Houve remakes em 2002 e 2013.
Carrie
White (Sissy Spacek) é uma adolescente problemática, sem amigos e isolada. Mas
a personagem principal tem o poder espantoso da telecinésia, a capacidade de
mover objetos com a mente.
Dominada
pela mãe Margaret (Piper Laurie, em excelente atuação), autoritária e fanática
religiosa, a jovem sofre bullying na escola. Logo no início da película, uma
cena marcante: Carrie, ao banhar-se no vestiário após a aula de educação
física, menstrua pela primeira vez. Ela desconhece o fenômeno. Ao pedir
socorro, é humilhada pelas colegas. A professora Collins (Betty Buckley) passa
a protegê-la, incentivando-a a ter autoestima e a mudar de postura.
Sue
Snell (Amy Irving), arrependida do que fez, convence o namorado Tommy Ross
(William Katt) – popular aluno – a convidar Carrie ao baile de fim de ano. A
vilã Chris Hargensen (Nancy Allen), que foi punida pela direção da instituição,
age para ridicularizar, em público, a frágil garota. Ao lado do comparsa Billy
Nolan (o iniciante John Travolta), arma vingança a fim de traumatizar Carrie
para o resto da vida.
Como
a mola pressionada por longo tempo, Carrie mostra a incrível força paranormal
que possui. O clímax da história é arrasador.
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Clímax do filme do diretor Brian De Palma é arrasador. |
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