No fim do século 19, um cientista apresenta a teoria de que há ouro na Lua. Passam-se décadas, até que, enfim, uma expedição é enviada ao satélite terrestre. O heterogêneo grupo, composto por seis pessoas, entre elas a estudante de astronomia Friede Velten (Gerda Maurus), mostra a força da cobiça, do amor e da morte.
O melhor da película começa a partir do momento em que o foguete – construção gigantesca – desliza rumo à plataforma de lançamento. As dimensões do dispositivo, ao deixar o hangar, impressionam. Como se fosse o Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, o público e a imprensa acompanham a partida.
Contagem regressiva. (...) Quatro. Três. Dois. Um. Ignição. O foguete segue para o espaço, fronteira desconhecida do homem. Também chama a atenção o fato de ele se dividir em estágios, como os do Projeto Apollo. Além disso, Lang retrata, no interior da espaçonave, a microgravidade – ausência de peso. A superfície lunar ganha contornos arenosos e pedregosos. Magia do cinema.
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Filme é da mesma estirpe de outros clássicos da ficção científica |
A Mulher na Lua é da mesma estirpe de outros clássicos da tela. Exemplos. A Conquista do Espaço (1955), de Byron Haskin, notável pelas trucagens. Os Primeiros Homens na Lua (1964), adaptação da novela homônima de H. G. Wells e dirigido por Nathan Juran. 2001 - Uma Odisseia no Espaço (1968), espetáculo visual assinado por Stanley Kubrick.
Depois de A Mulher na Lua, Lang roda, em 1931, o fenomenal M, o Vampiro de Düsseldorf, com Peter Lorre à frente do elenco. Em 1932, Thea ingressa no Partido Nazista e permanece na Alemanha, a serviço da súcia, enquanto Lang, em 1934, emigra para os Estados Unidos, onde prossegue a carreira.
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