terça-feira, 3 de setembro de 2013

Rebecca, a Mulher Inesquecível

Rebecca, a Mulher Inesquecível (Rebecca, Estados Unidos, 1940) abre a fase americana do diretor britânico Alfred Hitchcock. Notável suspense, ganhou o Oscar nas categorias Melhor Filme e Melhor Fotografia em Preto e Branco. No elenco, Laurence Olivier,  Joan Fontaine – em começo de carreira –, Judith Anderson e George Sanders. Hitchcock mostra, de forma exemplar no longa, a riqueza de seus recursos técnicos, fonte de admiração.

Joan interpreta uma jovem humilde – o prenome é desconhecido – que se apaixona pelo rico e aristocrata Maxim de Winter (Olivier). Viúvo, ele é perseguido pela lembrança da falecida esposa, Rebecca. Após o rápido casamento, os dois passam a viver em Manderley, vasta propriedade da família de Maxim.

A luxuosa casa é impregnada de marcas de Rebecca. O ambiente intimida a nova sra. De Winter, mulher frágil e insegura. A governanta sra. Danvers, interpretada magistralmente por Judith Anderson, aterroriza a sucessora, não admitindo que ela assuma o seu lugar de direito. As sequências em que as duas contracenam são sensacionais, com requintes psicológicos que dão à película momentos de tensão.


Joan Fontaine e Judith Anderson contracenam em notável suspense

Sob a sombra da antecessora, a sra. De Winter passa os dias atormentada, por vezes solitária, o que culmina na dramática cena do baile à fantasia. Atrás de informações sobre Rebecca, a personagem de Joan colhe, pouco a pouco, segredos da mansão. A narrativa Hitchcock alcança novo e vertiginoso ritmo com a surpreendente reviravolta da história.

Depois do sucesso de Rebecca, a Mulher Inesquecível, Laurence Olivier consolidou-se como grande ator shakespeariano também nas telas. Joan Fontaine, irmã de Olivia de Havilland e, assim como esta, um dos mais belos rostos de Hollywood, continuou a exitosa carreira. Nonagenárias, as duas são memórias vivas dos anos de ouro da indústria cinematográfica americana. 

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