Rebecca,
a Mulher Inesquecível (Rebecca, Estados Unidos, 1940) abre a fase americana do
diretor britânico Alfred Hitchcock. Notável suspense, ganhou o Oscar nas
categorias Melhor Filme e Melhor Fotografia em Preto e Branco. No elenco,
Laurence Olivier, Joan Fontaine – em
começo de carreira –, Judith Anderson e George Sanders. Hitchcock mostra, de
forma exemplar no longa, a riqueza de seus recursos técnicos, fonte de admiração.
Joan
interpreta uma jovem humilde – o prenome é desconhecido – que se apaixona pelo
rico e aristocrata Maxim de Winter (Olivier). Viúvo, ele é perseguido pela
lembrança da falecida esposa, Rebecca. Após o rápido casamento, os dois passam
a viver em Manderley, vasta propriedade da família de Maxim.
A
luxuosa casa é impregnada de marcas de Rebecca. O ambiente intimida a nova sra.
De Winter, mulher frágil e insegura. A governanta sra. Danvers, interpretada
magistralmente por Judith Anderson, aterroriza a sucessora, não admitindo que
ela assuma o seu lugar de direito. As sequências em que as duas contracenam são
sensacionais, com requintes psicológicos que dão à película momentos de tensão.
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Joan Fontaine e Judith Anderson contracenam em notável suspense |
Sob a
sombra da antecessora, a sra. De Winter passa os dias atormentada, por vezes solitária, o que
culmina na dramática cena do baile à fantasia. Atrás de informações sobre
Rebecca, a personagem de Joan colhe, pouco a pouco, segredos da mansão. A
narrativa Hitchcock alcança novo e vertiginoso ritmo com a surpreendente reviravolta da
história.
Depois
do sucesso de Rebecca, a Mulher Inesquecível, Laurence Olivier consolidou-se
como grande ator shakespeariano também nas telas. Joan Fontaine, irmã de Olivia de Havilland e,
assim como esta, um dos mais belos rostos de Hollywood, continuou a exitosa
carreira. Nonagenárias, as duas são memórias vivas dos anos de ouro da
indústria cinematográfica americana.
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