A história de Lola é contada em um picadeiro, desde a adolescência difícil até o apogeu e queda. O mestre de cerimônias, interpretado por Peter Ustinov, afirma que a personagem, mulher dotada de extrema beleza, é mais perigosa do que qualquer fera enjaulada no circo. Autêntica femme fatale, ela sabe utilizar a sedução para sobrevivier e triunfar na vida.
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Vida da famosa dançarina foi contada em um picadeiro |
Por padrões conservadores – mesmo atuais –, a vida de Lola feriu padrões de comportamento. Além da existência amorosa agitada, provocou polêmica ao adotar o estilo flamenco e fumar charutos – foi a primeira mulher na Europa a consumir os cubanos. Assim como astros da música pop, Lola sabia que o escândalo, a provocação, também gera dinheiro.
As cenas que envolvem Lola e o monarca são marcantes. Merecem menção duas. Primeiro, aquela em que o governante escolhe, com critério sui generis, o artista que pintará o quadro da musa, nomeada condessa de Landsfeld. Depois, a da agitação revolucionária de 1848, a chamada Primavera dos Povos.
Max Ophuls, nascido Maximillian Oppenheimer em 1902, na Alemanha, foi um grande esteta do cinema, da mesma maneira que Luchino Visconti. Tal qual o italiano, dedicou-se ao teatro. Ophuls assinou clássicos da tela, como Carta de Uma Desconhecida (1948) e Coração Prisioneiro (1949). Com o advento do nazismo, saiu da Alemanha. Lola Montès foi seu último filme.
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