sábado, 2 de fevereiro de 2013

Um Dia de Cão

Nova York, tarde de 22 de agosto de 1972. No bairro Brooklyn, dois embaraçados ladrões assaltam um banco. A ação, prevista para ser rápida e eficiente, é interrompida pela chegada da polícia. Cercados, mantêm reféns os empregados do estabelecimento. Querem um jato para escapar e levar o dinheiro. Medo e expectativa. Autoridades e o bandido Sonny negociam.

O episódio, verídico, foi transformado no sensacional Um Dia de Cão (Dog Day Afternoon, Estados Unidos, 1975), do cineasta Sidney Lumet. Al Pacino e John Cazale formam a dupla criminosa. Também atuam Charles Durning e Chris Sarandon. O longa venceu o Oscar na categoria Melhor Roteiro Original.

Sonny (Al Pacino) e Sal (Cazale) permanecem durante horas sitiados pelos agentes de segurança e imprensa. Diante do prédio, Sonny conversa com o oficial Moretti (Durning), a fim de solucionar o caso. Numa das melhores cenas, Al Pacino empolga a multidão de curiosos aos gritos de "Attica", "Attica", "Attica", em referência à revolta de presos que terminou com dezenas de mortos.


Atuação extraordinária de Al Pacino é uma das atrações do filme 

Além da interpretação impressionante de Al Pacino, outro ponto que merece realce é o desempenho da mídia. Profissionais da TV – muitos trabalham lado a lado com os homens da lei – exploram a imagem de Sonny, dando-lhe glamour e a chance de torna-se herói. A razão do roubo, afinal, reside na vida privada do personagem, o que surpreende o espectador.

Lumet, diretor de Doze Homens e Uma Sentença, soube realizar um policial envolvente, com doses cômicas, sobretudo na primeira metade do filme.  Antes de Um Dia de Cão, Al Pacino havia trabalhado em O Poderoso Chefão, I e II, assim como John Cazale (o Fredo Corleone).

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