sexta-feira, 17 de maio de 2013

Bunny Lake Desapareceu

No primeiro dia de escola, uma criança de 4 anos some. A mãe, desesperada, pede ajuda. A polícia entra em cena. Onde está a filha? Ou a pequena é fruto da imaginação da mulher? O enredo de Bunny Lake Desapareceu (Bunny Lake Is Missing, Reino Unido, 1965), dirigido por Otto Preminger, atrai o espectador. Suspense psicológico, o filme, à época do lançamento, não provocou o merecido aplauso. Com o tempo, o reconhecimento surgiu.

A americana Ann Lake (Carol Lynley) muda-se com o irmão Stephen (Keir Dullea) para Londres. Quando Ann vai ao colégio buscar Bunny, constata que ninguém sabe seu paradeiro. O detetive Newhouse, vivido pelo grande ator shakespeariano Laurence Olivier – Henrique V, de 1945, e Hamlet, de 1948, são exemplares –, e seus agentes investigam as hipóteses possíveis.

O que mais intriga o perspicaz Newhouse é o fato de não ser encontrada nenhuma evidência material da existência de Bunny. Nenhuma boneca. Nenhum vestido. Nenhum registro escrito. Também rende especulações a estranha relação entre os irmãos. Stephen, mais zeloso com a irmã do que com a sobrinha, debilmente encobre o sentimento incestuoso que o instiga.


Suspense psicológico realizado pelo diretor Otto Preminger

Aflige o drama pessoal de Ann, jovem e frágil mãe – Carol interpreta muito bem o papel. Esse elemento acompanha a narrativa do começo ao fim, proporcionando forte tensão, o que foi explorado intensamente por Preminger.

Nascido no antigo Império Austro-Húngaro, em 1905, Otto Ludwig Preminger saiu de Viena, na Áustria, em 1935, e foi trabalhar nos Estados Unidos. Um dos nomes importantes do cinema noir, realizou, entre outros sucessos, Laura (1944), Anatomia de Um Crime (1959) e Exodus (1960).

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