A americana Ann Lake (Carol Lynley) muda-se com o irmão Stephen (Keir Dullea) para Londres. Quando Ann vai ao colégio buscar Bunny, constata que ninguém sabe seu paradeiro. O detetive Newhouse, vivido pelo grande ator shakespeariano Laurence Olivier – Henrique V, de 1945, e Hamlet, de 1948, são exemplares –, e seus agentes investigam as hipóteses possíveis.
O que mais intriga o perspicaz Newhouse é o fato de não ser encontrada nenhuma evidência material da existência de Bunny. Nenhuma boneca. Nenhum vestido. Nenhum registro escrito. Também rende especulações a estranha relação entre os irmãos. Stephen, mais zeloso com a irmã do que com a sobrinha, debilmente encobre o sentimento incestuoso que o instiga.
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Suspense psicológico realizado pelo diretor Otto Preminger |
Aflige o drama pessoal de Ann, jovem e frágil mãe – Carol interpreta muito bem o papel. Esse elemento acompanha a narrativa do começo ao fim, proporcionando forte tensão, o que foi explorado intensamente por Preminger.
Nascido no antigo Império Austro-Húngaro, em 1905, Otto Ludwig Preminger saiu de Viena, na Áustria, em 1935, e foi trabalhar nos Estados Unidos. Um dos nomes importantes do cinema noir, realizou, entre outros sucessos, Laura (1944), Anatomia de Um Crime (1959) e Exodus (1960).
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