Em 1868, ataques misteriosos contra navios provocam especulações e acaloradas discussões. Muitos apontam um monstro marinho como o responsável pelos afundamentos. A marinha de guerra americana envia uma expedição para solucionar o enigma. A belonave conduz o naturalista francês professor Pierre Aronnax (Lukas), o criado Conseil (Lorre) e o expansivo arpoador Ned Land (Kirk).
A "fera" chama-se Náutilus, o submarino comandado pelo frio e enigmático capitão Nemo (Mason). Movido a eletricidade, representa fabulosa criação de engenharia. O Náutilus põe a pique o barco inimigo. Apenas Aronnax, Conseil e Ned sobrevivem. Salvos por Nemo, passam a viver sob as ordens do implacável oficial.
Adaptação cinematográfica faz jus ao livro de Júlio Verne |
Aronnax fica encantado com o novo mundo, descobrindo nele vasto campo de pesquisa. Também quer saber qual o motivo que leva Nemo a agir assim. Ao contrário do cientista, Ned sabe que o veículo não passa de uma prisão de luxo. A própria comida, derivada exclusivamente de fontes marinhas, causa repulsa a Ned. A partir daí, a fuga, por mais perigosa que seja, torna-se prioritária.
O longa tem cenas memoráveis. O enterro aquático; a colheita e pesca ao redor da ilha submersa – pela primeira vez, os heróis caminham sobre o leito do mar; o combate contra o polvo gigante. Kirk e Manson, sobretudo, oferecem ao espectador um forte duelo de interpretação.
Obras de Verne renderam outras ótimas películas na década de 50. A Volta ao Mundo em 80 Dias (1956), com David Niven, Cantinflas e grande elenco, e Viagem ao Centro da Terra (1959), com James Mason, demonstram a assertiva.
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