segunda-feira, 22 de abril de 2013

Sete Dias de Maio

Burt Lancaster, Kirk Douglas, Ava Gardner e Guerra Fria combinam-se no excelente Sete Dias de Maio (Seven Days in May, Estados Unidos, 1964), do diretor John Frankenheimer. O drama, em que a tensão entre os blocos soviético e capitalista é o pano de fundo, põe os dois grandes atores em situação conflitante.

Na ficção política construída pelo cineasta, o presidente norte-americano Jordan Lyman (Fredric March) está com a popularidade em baixa. Ele assina com a União Soviética um tratado de redução do armamento nuclear. O fato desencadeia série de críticas contra Lyman, que, segundo falcões do Pentágono, teria colocado a segurança do país em risco.

Um movimento conspiratório começa a tomar corpo. O líder: general James Mattoon Scott (Burt). A ideia, típica do golpismo castrense, é clara. Scott e outros altos oficiais pretendem sequestrar o governante e tomar o poder. Para isso, organizam uma unidade de combate secreta. 

O auxiliar de Scott, coronel Martin "Jiggs" Casey, interpretado por Kirk Douglas, desconfia do plano. Ele avisa as autoridades civis de Washington, que buscam, durante sete dias de março, neutralizar  a quartelada. A fim de evitar a rebelião, "Jiggs" assume o papel de informante. Inclusive, se aproxima da ex-amante de Scott  Eleanor Holbrook (Ava) para obter informações úteis.


Burt Lancaster e Kirk Douglas estão juntos em drama político

O filme defende o respeito à Constituição e à democracia liberal, elementos caros à história estadunidense. Curiosamente, no ano de realização da película, 1964, a Casa Branca apoiou os militares brasileiros – por sua vez apoiados por setores civis – que derrubaram o governo legítimo de João Goulart.

Antes de rodar Sete Dias de Maio, Frankenheimer trabalhou, em 1962, com Burt Lancaster no notável O Homem de Alcatraz. A narrativa, que conta a vida de um condenado à prisão perpétua que se especializa no estudo de pássaros, alcançou grande sucesso.

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