Em 1838, o jovem corretor de imóveis Thomas Hutter (Gustav von Wangenheim) viaja aos montes Cárpatos. A missão é encontrar o conde Orlok (Max Schreck) e vender-lhe uma casa em Wisborg – cidade onde mora Hutter. No castelo mal-assombrado, o negociante, antes cético, descobre que o comprador é um aterrorizante homem das trevas, sedento por sangue humano. Ao ver o retrato de Ellen (Greta Schröder), mulher do transtornado Hutter, o vampiro apaixona-se por ela.
Orlok parte de navio para Wisborg. A bagagem... caixões abarrotados de terra e ratos. A tripulação, sem saber o que transporta, aos poucos cai doente e morre. Numa das cenas memoráveis do longa, o barco atraca vazio no porto. Ratos saem do porão. As autoridades não alimentam dúvidas de que a embarcação traz a peste.
Após desembarcar, o conde carrega o próprio ataúde pelas ruas da urbe. Ele quer morder o pescoço de Ellen e tomar-lhe a vida. Hutter corre contra o tempo para salvar a amada.
A caracterização do personagem Orlok impacta. Crânio careca e deformado; dentes, orelhas, unhas e braços compridos; corpo raquítico e vestido de negro.
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Filme é um dos mais relevantes e belos do cinema mudo |
Clássico do movimento expressionista nas telas, a película teve remake em 1979, o esplêndido Nosferatu, O Vampiro da Noite, pelas lentes de Werner Herzog. Nos papéis centrais, Klaus Kinski, Isabelle Adjani e Bruno Ganz. Em 2000, nova homenagem. Realizado por E. Elias Merhige, A Sombra do Vampiro, que conta a história das gravações do original, é protagonizado por John Malkovich (F. W. Murnau) e Willem Dafoe (Max Schreck).
Nosferatu é um clássico do cinema mudo. Mesmo que tenha imagens de ação com suspense, a simples atuação do personagem principal evoca o medo mais profundo no espectador. O expressionismo, como o próprio termo sugere, aborda a questão da sombra/luz, da expressão, facial e corporal como um todo. O "aparentar" assuta mais do que o movimento. Incrível! Malinoski.
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