A China contemporânea disputa a hegemonia mundial. O país, porém, esteve submetido à dominação de potências estrangeiras no passado. Parte dessa trajetória pode ser vista no clássico O Canhoneiro de Yang-Tsé (The Sand Pebbles, Estados Unidos, 1966), realizado por Robert Wise (O Dia em Que a Terra Parou e Marcado pela Sarjeta). O astro Steve McQueen interpreta o personagem central do longa, o marinheiro Jake Holman.
China, 1926. O gigante asiático é, de fato, território semicolonial. O capital internacional (inglês, francês, japonês, americano etc.), aliado às elites locais, domina a economia chinesa. Comunistas e nacionalistas lutam pela independência. A narrativa se desenvolve nesse fundo histórico.
Holman é enviado para servir na canhoneira San Pablo, da marinha de guerra americana. Excelente maquinista, tem personalidade forte, não admitindo o comodismo da tripulação. Ganha a antipatia de praças e do comandante da belonave, capitão Collins (Richard Crenna). Mas angaria a amizade do marujo Frenchy Burgoyne vivido pelo notável ator e diretor Richard Attenborough.
Washington encarrega o barco de resgatar e proteger missionários americanos ameaçados pelos distúrbios sociais. Nessa missão, Holman conhece a idealista professora Shirley Eckert (Candice Bergen). Ao contrário da moça, ele sabe que o futuro promete frustração para ambos.
Há cenas de grande dramaticidade. No bordel, a prostituta Maily (Emmanuelle Arsan), por quem Frenchy se apaixona, é "leiloada". Lance a lance, os ânimos esquentam, até que explode uma briga generalizada. Em outra sequência, militares americanos são escoltados por soldados chineses, sob chuva de comida, de volta à embarcação. Humilhados, querem as fardas incineradas. Holman pede para que a sua seja apenas lavada.
As campanhas armadas pela reconquista da independência nacional, combinadas com a luta dos camponeses pela terra, resultam na vitória dos comunistas em 1949, sintetizou o historiador Daniel Aarão Reis Filho, em A Revolução Chinesa, da Editora Brasiliense.
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