segunda-feira, 13 de maio de 2013

Agonia de Amor

Pouco lembrado pelos admiradores de Alfred Hitchcock, Agonia de Amor (The Paradine Case, Estados Unidos, 1947) é trabalho virtuoso. História de crime, julgamento e castigo, o filme foi a segunda e última parceria do diretor com o astro Gregory Peck. Dois anos antes, gravaram Quando Fala o Coração, com Ingrid Bergman no elenco.

Londres, depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A bela e fascinante Maddalena Anna Paradine (Alida Valli) é presa, acusada de envenenar o marido, o milionário coronel Paradine. Por meio do amigo da família Simon Flaquer (Charles Coburn), o hábil advogado Anthony Keane (Peck) recebe o encargo de defendê-la.

Keane envolve-se profundamente no caso Paradine, muito mais do que o recomendável do ponto de vista profissional e jurídico. Apaixona-se pela ré, cujo passado arrepia. A relação abala o tranquilo casamento burguês do protagonista com Gay Keane (Ann Todd).


Gregory Peck e Alida Valli atuam em virtuosa obra de Hitchcock

A estratégia do criminalista, para inocentar a cliente, passa por jogar a culpa do assassinato sobre outra pessoa, o que tem influência decisiva na trama. Maddalena enfrenta o Tribunal do Júri, presidido pelo implacável e libidinoso juiz Thomas Horfield (o extraordinário Charles Laughton), em momentos incisivamente dramáticos. Deve-se observar com atenção os movimentos de câmera nas sequências no interior do tribunal. Lamentável que os diálogos envolvendo o personagem de Laughton – os melhores  da película – não ocorrem com maior frequência.

Os 39 Degraus. Rebecca, a Mulher Inesquecível. A Sombra de Uma Dúvida. Um Barco e Nove Destinos. Quando Fala o Coração. Interlúdio. Agonia de Amor. Festim Diabólico. Disque M para Matar. Janela Indiscreta. Ladrão de Casaca. O Homem Que Sabia Demais. Um Corpo Que Cai.  Psicose. Os Pássaros.

O que dizer, ainda, sobre Hitchcock?

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  2. Agonia de Amor. Estrelado por GREGORY PECK e ALIDA VALLI.Nos mostra a fraqueza humana,que sobressai do Juramento de Cada Profissional. O Causídico se apaixona pela sua constituinte, que no momento elegê-lo como seu defensor, não previa tal situação. Situações semelhantes acontecem em outros ramos da atividade humana.Exemplo de envolvimento de médicos psiquiatras e psicólogos, com pacientes.Quando acontece é porque quem procura um médico ou um advogado é paciente de uma patologia,seja de ordem física ou psicológica.Quem constitui um advogado,para defender uma causa, não importa seja cível ou criminal, o constituinte enxerga na figura do causídico o médico que irá tratar de sua enfermidade através do "remediun juris" que o embasamento legal ao caso apresentado. ABDALAH IBN SAID ABU ISRAIL.

    ResponderExcluir
  3. Obrigado pelo pertinente comentário. Curiosamente, no filme Quando Fala o Coração, do mestre do suspense, a médica se apaixona pelo paciente, também interpretado pelo Gregory Peck.

    ResponderExcluir