Em uma manhã qualquer, K. é surpreendido no quarto por policiais. Enquanto acorda, espanta o sono e se veste, os agentes anunciam a prisão. Porém, K. desconhece o crime de que é acusado. Ele alega inocência, mas em vão. A partir disso, a trama, ou pesadelo, se desenvolve.
K. passa por várias situações absurdas. A máquina do Estado e sua burocracia são opressivas e, incomodamente, incompreensíveis. Nesse processo judicial, metáfora da condição humana, a estrutura esmaga o indivíduo.
O réu pede auxílio ao advogado Albert Hastle (Welles). Na residência do defensor, ele encontra a enfermeira Leni (Romy) e o cliente Bloch (Tamiroff). Nesse ambiente irreal, Joseph descobre ligações insuspeitas.
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Perkins interpreta o trágico personagem de Franz Kafka |
Belas e consistentes imagens se sucedem. Como é típico do trabalho de Welles, a fotografia recebe esmerado cuidado. A película é acompanhada pela clássica música de Tomaso Albinoni – o famoso Adágio – e por jazz. Essa combinação, nas mãos de um cineasta de tal estatura técnica, funciona perfeitamente. Welles venceu o desafio, apesar das desconfianças de críticos pessimistas de que seria impossível reproduzir o enredo e a atmosfera do livro.
Antes de atuar em O Processo, Perkins entrou para a história da sétima arte ao viver o esquizofrênico assassino Norman Bates em Psicose (1960), Alfred Hitchcock. Os personagens atormentados continuaram a frequentar a carreira do ator.
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