quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Os Selvagens da Noite

Os Selvagens da Noite (The Warriors, Estados Unidos, 1979), de Walter Hill, ganhou status de filme cult – virou video game. Nele, o diretor aborda o universo tribal das gangues de Nova York, com seus elementos singulares de identificação.

Cyrus, chefe da maior maior associação criminosa da cidade, Gramercy Riffs, convoca representantes das demais  para uma assembleia. Ele afirma que as gangues unidas – elas brigam entre si – são mais fortes que a polícia. Durante o discurso, é morto a tiro. Injustamente, os integrantes dos Warriors (Guerreiros) são acusados, pelos verdadeiros autores do ataque, de assassinar Cyrus.

A partir de então, perseguidos por outros bandos, os guerreiros – eles utilizam coletes marrons, sem camisa por baixo –  tentam escapar para o bairro de Coney Island, base do grupo. Além de guiar a fuga madrugada adentro, o impávido líder Swan (Michel Beck) tem de superar a vaidade do rival Ajax (James Remar), que quer assumir o posto.

Em ritmo frenético, os guerreiro enfrentam a fúria dos adversários. Dois notáveis combates ocorrem quando lutam contra os jogadores de beisebol, que carregam bastões e têm os rostos pintados, e os jovens que andam de patins, com macacões e armados de correntes. Por onde passam, os heróis deixam a letra W, de Warriors, pichada. A jornada termina com desfecho surpreendente.
 

Filme tornou-se cult. Ação tem ritmo frenético

De certa forma, a película tem  paralelo com o poema épico Odisseia, narrativa homérica sobre o regresso para casa de um dos personagens centrais da Guerra de Troia. No retorno, o grego Odisseu (Ulisses, na mitologia romana) passa por diversas provações. Ajax, aliás, foi derrotado por Odisseu durante os eventos troianos.

Após Os Selvagens da Noite, a carreira de Michael Beck jamais foi a mesma. Em 1980, atuou no musical Xanadu, com Olivia Newton-John e Gene Kelly. A película teve reduzida receptividade junto ao público. A crítica fulminou a obra.

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