sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Gilda

Quando se pensa em Rita Hayworth,  Gilda (Estados Unidos, 1946) surge automaticamente. Ápice do estilo noir, o drama imortalizou a atriz como símbolo sexual de Hollywood. O diretor Charles Vidor soube conduzir o filme de forma eficiente. Extraiu o máximo da beleza e capacidade de interpretação de Rita, que compôs com Glenn Ford o par romântico da trama.

O jogador de dados e cartas Johnny Farrell (Ford) – também narrador da história – chega a Buenos Aires, na Argentina, em 1945. Durão e trapaceiro, Farrell, que quer recomeçar a vida, torna-se o homem de confiança de Ballin Mundson (George Macready), dono do luxuoso cassino clandestino. O patrão viaja. Retorna, agora casado com a ex-dançarina Gilda (Rita).

Farrell e Gilda são, na realidade, antigos amantes. Os dois, sem muito sucesso, procuram esconder o passado. O marido desconfia. A situação leva Farrell a  agir com cautela. Precisa resolver ou esquivar-se dos problemas causados pela provocante mulher do chefe. Resistir a Gilda?

Ballin conserva outros negócios escusos. Mantém ligação com investidores nazistas. A Argentina, deve-se frisar, foi receptiva às ideias da direita radical europeia e refúgio para criminosos de guerra.

Para instigar ciúmes em Farrell, a musa protagoniza um dos momentos sensuais mais célebres do cinema. Dentro do vestido longo negro, canta, dança e tira a luva ao som da música Put the Blame on Mame. A plateia delira. A fama de Rita Hayworth vem, sobretudo, dessa cena.


Rita Hayworth protagoniza cena sensacional

Modelo da femme fatale, Gilda, como gosta de dizer, tem "dificuldade para fechar o zíper" da roupa. "Se eu fosse uma fazenda, não teria cercas", define-se. Gilda – a mulher e o filme – é espetáculo único. 

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