segunda-feira, 28 de maio de 2012

Anna Karênina (Parte 2)

A abertura do romance Anna Karênina é célebre: "Todas as famílias felizes são parecidas entre si. As infelizes são infelizes cada uma da sua maneira".

Embebido com essa máxima, o diretor francês Julien Duvivier empreendeu sua versão da obra tolstoiana (Reino Unido, 1948). Vivien Leigh interpreta a trágica heroína, nove anos após alcançar o auge da fama ao viver Scarlett O'Hara, em E o Vento Levou. Ralph Richardson é o marido traído, Alexei Karenin, enquanto Kieron Moore incorpora o amante, conde Vronsky.

Ao contrário da adaptação de Clarence Brown, de 1935, Anna Karênina de Duvivier enfatiza mais a relação distante e insípida do casal Anna-Alexei. Duvivier palmilhou, explicitamente, o caminho que leva Anna a sucumbir aos apelos amorosos de Vronsky.

Vivien Leigh é Anna

Tal qual Brown, Duvivier, mesmo sem transmitir a força plena da obra de Leon Tolstói, oferece uma película de qualidade. Ele tem a preocupação de retratar, com cuidado, o ambiente social dissimulado da aristocracia russa do século 19.

Duviver é considerado um dos principais representantes do cinema francês. Não por acaso, Orson Welles, o criador de Cidadão Kane e A Marca da Maldade, nutria por ele admiração.

6 comentários:

  1. Garbo e Leigh, páreo duro...Mas desconfio de que a força dramática da primeira possivelmente é mais arrebatadora. Não vi nenhum dos dois, tenho que conferir! Valeu!

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  2. Sem tirar nenhum mérito de Vivien Leigh, Garbo será sempre Garbo.

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  3. Muito boa a Exposição de Grandes Clássicos da Sétima Arte.

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  4. Agradeço a iniciativa tua que colocou essa Exposição de Grandes Classicos do Cinema.

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  5. Meus parabens pela exposição desses filmes.Que através da Sétima Arte nos leva ao conhecimento de Obras Primas da Literatura Russa,que demonstra essa ser a Meca de Grandes Pensadores. ABDALAH IBN SAID ABU ISRAIL.

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  6. Apesar de ser inteiramente autônomo, muitas vezes, o cinema é uma forma de aproximar o público da literatura.
    Israil Ibn Abdalah

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