Drama que mantém a tensão do início ao fim, Doze Homens e
Uma Sentença (Estados Unidos, 1957), trabalho de estreia do cineasta Sidney
Lumet (Serpico e Um Dia de Cão), debate o problema da aplicação da justiça.
Indicado para os cursos de graduação em direito, mostra a força da dúvida na
formação do veredicto do júri.
Nova York, dia de forte calor e chuva. A ação transcorre praticamente
toda dentro da sala onde 12 homens, o Conselho de Sentença, deliberam sobre o
destino de um jovem, acusado de matar o pai. Caso condenado, execução na
cadeira elétrica. A pena só será aplicada se, por unanimidade, for considerado
culpado.
Momento da votação. Onze classificam o rapaz de parricida.
Um, o arquiteto Davis (Henry Fonda), tem dúvida. A partir de então, com o uso
da razão, começa a convencer os pares e a mudar o placar. A incerteza, por
princípio, beneficia o réu.
Obra inquietante, tem três cenários: a área da entrada do tribunal, o
espaço de audiências e a sala do júri. Além da condução impecável de Lumet, se
beneficia da qualidade do roteiro e de atuações arrasadoras, sobretudo de
Fonda, Lee J. Cobb (o mais feroz opositor de Davis) e Jack Warden.
No ano da produção, o longa ganhou o Urso de Ouro, o prêmio
de melhor filme do Festival de Berlim. Na edição do Oscar de 1958, perdeu para
A Ponte do Rio Kwai, a primeira superprodução de David Lean. Em 1997, houve uma
versão para a TV de Doze Homens e Uma Sentença, com Jack Lemmon.
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