A atuação de Betti Davis em Pérfida (The Little Foxes, Estados Unidos, 1941) é contundente. O filme, elogiado trabalho do diretor William Wyler (Os Melhores Anos de Nossas Vidas, A Princesa e o Plebeu, Ben-Hur), revela, de forma visceral, a maldade e a ambição de três irmãos. A história é de Lillian Hellman.
No Sul dos Estados Unidos, em 1900, os irmãos Regina Giddens (Betti), Ben Hubbard (Charles Dingle) e Oscar Hubbard (Carl Benton Reid), produtores de algodão, querem firmar contrato com um industrial de Chicago. Os três desejam trazer a fábrica para perto da lavoura, o que possibilitará aumento dos lucros. A mão de obra local, bem mais barata do que de Estados nortistas, representa forte atrativo para os investidores.
Porém, os irmão não têm o dinheiro necessário para fechar o negócio. A fim de obtê-lo, o rico e cardiopata marido de Regina, Herbert Marshall (Horace Giddens), contrário ao investimento, será enganado pelas raposas.

Duas cenas merecem atenção especial.
Primeira: Oscar e o filho conversam no banheiro enquanto se barbeiam. Os dois combinam furtar ações de Harace.
Segunda: no meio de um ataque, Horace quebra o vidro de remédios. Ele suplica à esposa que busque outro frasco. Regina, impassível, nada faz.
O tema do mal era conhecido de Wyler. Em 1939, ele assinou uma das versões cinematográficas do romance O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë. O livro é retrato impressionante da perversidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário