quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O Destino

Em um dos comentários a respeito de El Cid (conferir postagem), houve menção ao filme O Destino (Al Massir, Egito-França, 1997), do diretor Youseff Chahine. Sátira sobre a intolerância com o livre pensamento, impõe-se como um novo clássico.

Século 12. Córdoba, joia da Espanha moura, está sob tensão, provocada por fundamentalistas. Nessa atmosfera, o grande filósofo, jurista e médico islâmico Averróis – dos principais comentaristas do grego Aristóteles – continua seu trabalho intelectual. Influenciado por extremistas, o cálifa Al Mansur decide mandar às chamas todos os livros de Averróis. Os discípulos e familiares lutam desesperadamente para copiar e salvar o trabalho do mestre. O tempo é curto, e a violência, crescente.

Duas cenas, profundamente interligadas, transmitem o retrato da intransigência. No começo do longa, a primeira: na França da Inquisição, um cristão é queimado por traduzir textos de Averróis. No clímax , a segunda: o centro de Córdoba testemunha o fogo consumir o fruto da vida do prócer andaluz.

Filósofo Averróis

O Destino não trata somente de fatos históricos. Música, romance e ação se misturam nessa empolgante obra, cuja atualidade permanece perene.

4 comentários:

  1. O DESTINO.Filme que sem sombra de dúvidas retrata o ESPLENDOR DE UMA CULTURA,que fora a ÁRABE ISLÂMICA.Mas que infelizmente se reduziu,pelas próprias lutas internas levada pelo radicalismo cego de pequenos grupos que ainda hoje agem como se fossem donos,de uma MILENAR CULTURA.Pelo RADICALISMO de pequenos grupos muitos confundem a BELEZA e PUREZA do ISLÃ com atos de terrorismo.ABDALAH IBN SAID ABU ISRAIL.

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  2. O filme faz lembrar que, em qualquer cultura e momento histórico, pode haver intolerância. De resto, o filme é muito bom.

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  3. Certo que eu vou locar para assistir...Abraço Rahal!!!

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