quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Cinema Paradiso

Bela e comovente homenagem à sétima arte, Cinema Paradiso (Itália, 1988) alcançou enorme sucesso. Com roteiro e direção sensível de Giuseppe Tornatore e música do mestre Ennio Morricone, a obra conduz o espectador às velhas salas de cinema, aos antigos filmes e astros.

Salvatore Di Vita (Jacques Perrin) vive em Roma. Cineasta bem-sucedido, recebe a notícia da morte do velho Alfredo. Viaja para o enterro, em uma pequena cidade italiana. Ao reencontrar a mãe, mulher idosa, recorda o passado e a amizade com o falecido.

Na Sicília de antes da Segunda Guerra Mundial, o menino Salvatore, então Totó (Salvatore Cascio), fugia de casa para ir ao Cinema Paradiso, onde trabalha o projetista Alfredo (Philippe Noiret). As películas passam pelo crivo do padre, que censura as cenas de beijo que seriam exibidas nas sessões. São obras cortadas que a plateia, sempre vibrante e participativa, assiste.

Rodolfo Valentino, Charles Chaplin, Helen Hayes, Gary Cooper, Ingrid Bergman, Errol Flynn, Olivia de Havilland desfilam na tela.


Alfredo e Totó. Ao fundo, o cartaz de Casablanca

Totó cresce. O jovem Salvatore (Marco Leonardi) aprende o ofício com Alfredo. Mais do que isso, herdará dele o amor pelo cinema, esse universo inesgotável de prazer e emoção.

Salvatore se apaixona por Elena (Agnese Nano). O desfecho da relação muda a vida e determina o futuro do personagem.

De volta à terra natal, Salvatore acompanha o velório e a implosão do Cinema Paradiso. Alfredo deixa ao pupilo uma herança. Nele, o legado de uma vida dedicada aos filmes clássicos. Momento antológico.

PS: O autor do blog guarda na memória o seu “Cinema Paradiso”. É o Independência, que ficava na Praça Saldanha Marinho, no Centro de Santa Maria (RS). Hoje, o histórico prédio, referência cultural da cidade, abriga um centro popular de compras.  

2 comentários:

  1. Fiquei por demais emocionado quando o comentarista ISRAEL RAHAL mencionou o Antigo Cine Independência de Santa Maria.Velhos tempos em que se frequentava as salas de projeção em prédios próprios verdadeiras obras arquitetônicas. ABDALAH IBN SAID ABU ISRAIL.

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  2. Obrigado. O prédio, muitas vezes, era uma atração à parte.

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