Título que integra a parte final da consagrada carreira de Billy Wilder, Fedora (Alemanha-França, 1978) deve ser visto como espelho de Crepúsculo dos Deuses (conferir postagem). Embora não pertença ao ciclo das obras-primas do diretor, tem a assinatura do mestre.
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Filme tem assinatura de Billy Wilder |
Pontos em comum aproximam os dois trabalhos. Alguns podem
ser salientados: o centro gravitacional da trama consiste na figura de uma antiga
estrela do cinema reclusa; a morte sinaliza o início da história, narrada em
flashback; atuação de William Holden, mais uma vez envolvido com a diva; a
existência de um roteiro como elo de ligação entre os personagens principais; a presença de um motorista
particular ostensivo; a utilização de atores que interpretam eles mesmos.
Por fim, traço que merece realce. Em ambos dramas, o
realizador apresenta uma visão negativa do mundo da sétima arte, repleto de
jogo de aparências, de máscaras.
Holden vive o produtor de cinema Barry “Dutch” Detweiler.
Durante o funeral de Fedora (Marthe Keller), ele recorda a viagem que fez a
Corfu, na Grécia, em busca da atriz. Na ocasião, Detweiler oferece a Fedora –
agora, mulher perturbada – o papel de Anna Karênina, em nova versão do romance
de Liev Tolstói. A partir desse contato, serão revelados, em surpreendente
reviravolta, os motivos que levaram a musa ao recolhimento.
Completam o elenco nomes de peso, como Henry Fonda, José Ferrer
e Michael York.
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