Rei da Inglaterra, Henrique V (Olivier) decide, no século 15, invadir a França. Em nome da Coroa, reivindica a propriedade de terras além do canal da Mancha. A campanha integra a Guerra dos Cem Anos.
O longa inicia como representação teatral, ação que acontece no ano de 1600. Porém, os espectadores são convidados a deixar a visão do tablado e a conhecer novos ambientes. A viagem espacial, por múltiplos palcos, transcorre em cenários onde abundam miniaturas. O recurso, com objetos desproporcionais frente às dimensões humanas, provoca efeitos oníricos.
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Olivier vive o rei inglês |
Cenas que envolvem a Batalha de Azincourt – o clímax da narrativa – destacam-se.
Horas antes da luta, o monarca, incógnito, anda à noite no acampamento e conversa com soldados, sentindo o moral dos subordinados. Ele descobre que não são todos os que o admiram.
Ao saber que a superioridade numérica do inimigo aflige o ânimo dos súditos, Henrique V faz o famoso discurso às tropas. Diante de um Exército receoso, afasta o medo da morte ao proferir palavras de igualdade: "Nós, bando de irmãos. Quem hoje verter seu sangue, meu irmão será".
Em 1989, Kenneth Branagh realizou nova e exitosa versão do texto shakespeariano.
A respeito do resultado obtido por Olivier, Jean Tulard (Dicionário de Cinema - Os Diretores) afirmou que nunca "se dirá o suficiente sobre a beleza e inteligência" de Henrique V. Plena razão.
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