quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Testemunha de Acusação

Apontado como assassino de uma viúva rica, o ex-militar britânico Leonard Stephen Vole procura o célebre advogado sir Wilfrid Robarts para defendê-lo. Somente a esposa do suposto criminoso, Christine, pode confirmar o álibi. Essa trama, baseada em história da escritora Agatha Christie, foi levada às telas pelo diretor Billy Wilder (Crepúsculo dos Deuses, Quanto Mais Quente Melhor). Instigante e inteligente, Testemunha de Acusação (Estados Unidos, 1957) merece o entusiasmo do cinéfilo.

Além da alta qualidade de roteiro e direção, a presença de Tyrone Power (O Fio da Navalha, primeira versão), Marlene Dietrich (O Anjo Azul) e Charles Laughton (O Corcunda de Notre Dame, adaptação de 1939) garantem fortes interpretações.


Presença de Marlene é um dos fortes atrativos do filme

Na Londres pós-Segunda Guerra Mundial, Vole (Power) busca interessados em um invento seu. Conhece uma viúva, solitária e rica, passando a frequentar a casa dela. Encontrada morta, as suspeitas caem sobre Vole, único herdeiro por testamento da vítima. Mesmo com a saúde abalada, sir Wilfrid (Laughton) assume o caso. Mulher do réu, Christine (Marlene) mostra-se, porém, inconfiável.


Laughton (E), ao lado de Power (D), dá show em cena

Vole enfrenta o Tribunal do Júri. Com enorme domínio cênico e jurídico, o astuto sir Wilfrid, entre uma pílula e um gole de conhaque, vai desconstituindo prova por prova da acusação. Mas terá de fulminar a mais inesperada e pungente delas: o testemunho de Christine.

O final conserva grandes surpresas para o espectador.

Nessa linha sigilosa, uma curiosidade: conta-se que os atores só ficaram sabendo do desfecho do longa no dia da última tomada.

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