Antes realizar os clássicos As Aventuras de Robin Hood (1938) e A Carga da Brigada Ligeira (1936), Michael Curtiz dirigiu Capitão Blood (Estados Unidos, 1935), um marco na história dos filmes de aventura. Surge, pela primeira vez, o par Errol Flynn-Olivia de Havilland.
Na Inglaterra de 1689, Flynn é Peter Blood, médico condenado, injustamente, por ter cuidado de um homem que havia participado da rebelião contra o rei James II. Pena: trabalho escravo na Jamaica. O herói e Arabella Bishop (Olivia), sobrinha do chefe militar local, se apaixonam. Após um ataque de corsários espanhóis, os prisioneiros escapam e formam uma tripulação de piratas, comandada por Flynn, que se torna o capitão Blood. No elenco, Basil Rathbone, no papel do pirata francês capitão Levasseur. O duelo de espadas, à beira do mar, entre Blood e Lavasseur, antigos aliados, é de tirar o fôlego.
Atuações convincentes e cenas ousadas, como a batalha entre navios, geraram sensação à época. O primeiro crítico de cinema do Rio Grande do Sul, Jacob Koutzii (sob o pseudônimo Plínio Moraes), escreveu: "Michael Curtiz! Quem será esse homem? Um mágico? Um alquimista com pactos infernais? Que poderes tem ele para criar coisas tão extraordinárias? Michael Curtiz, escuta: – Tu não és deste mundo. Onde foste buscar essa visão tão real, tão espantosamente real da vida do Capitão Blood? (...)". (Koutzii, Jacob. A Tela Branca. Porto Alegre, Unidade Editorial/Porto Alegre, 1997.)
Curtiz nasceu Manó Kertész Kaminer em Budapeste, na Hungria, em 1886. Chegou aos Estados Unidos em 1926. Tornou-se um mestre do gênero aventura.
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