quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Baile

O Baile (Le Bal, 1983), produção da França, Itália e Argélia, é uma das realizações mais inteligentes da sétima arte. Dirigido pelo italiano Ettore Scola (Feios, Sujos e Malvados e A Viagem do Capitão Tornado, entre outros), a película, sem diálogos verbais, causou frisson, colhendo aplausos e prêmios. Perfeita combinação de interpretação, direção, roteiro e fotografia.

Gravado em um único cenário, um salão de baile, a obra narra parte da história da França no século 20, dos anos 1930 à década de 80. Fatos marcantes, como a vitória da Frente Popular (coalização de socialistas e comunistas), a ocupação nazista e o Maio de 1968, são referidos. Tudo acompanhado por danças, músicas e ritmos da respectiva época. O elenco é composto pela trupe do Théatre du Campagnol. Aproximadamente 25 atores se revezam em cena, representando cerca de 140 personagens.


Um feito do cinema

Há emoção, humor (as gags são muito engraçadas), nostagia e tristeza – afinal, certa hora a festa acaba, e muitos vão sozinhos para casa.

Durante o labor, Scola sofreu um ataque cardíaco. O longa foi retomado após a sua recuperação. Em 1984, Scola recebeu pelo trabalho o Urso de Prata no Festival de Berlim.

O Baile é inesquecível. Uma façanha.

2 comentários:

  1. Eu vi esse filme quando pré-adolescente e não entendi muito na época. Gostaria de vê-lo de novo.

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  2. Aposto que hoje você vai curti-lo mais.

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