O Milagre de Anne Sullivan (Estados Unidos, 1962) é o segundo longa do diretor Arthur Penn (1922-2010). As atuações de Anne Bancroft e Patty Duke são memoráveis.
O drama conta a história real do encontro entre a educadora Anne Sullivan (Anne) e Helen Keller (Patty), menina cega e surda. Helen mora com a família no Sul dos Estados Unidos. Extremamente mimada pelos pais, vive em um mundo à parte. A chegada de Anne – ela mesma com problemas de visão – subverte a situação. Ela conquista aos poucos o respeito e afeição da aluna. Por meio do tato e da língua dos sinais, Anne consegue libertar a garota do casulo, incentivando-a a ser independente e a se comunicar com as pessoas. No futuro, a pupila se transformará em filósofa, escritora e conferencista.
Pelo trabalho, Anne Bancroft venceu o Oscar na categora Melhor Atriz, enquanto Patty Duke arrebatou o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante.
Ícone da contracultura, Penn foi um dos diretores mais significativos dos Estados Unidos. Muitas vezes, buscou mostrar um indivíduo que não se enquadra nos paradigmas comuns. Filmou delinquentes durante o período da Depressão no antológico Bonnie e Clyde (1967), a comunidade hippie em Deixe-nos Viver (1969), o índio no inovador Pequeno Grande Homem (1970) e o imigrante em Amigos Para Sempre (1981).
Nenhum comentário:
Postar um comentário