Dois anos depois de realizar o célebre Frankenstein (1931, com Boris Karloff), James Whale dirigiu talvez a melhor adaptação de um livro de H. G. Wells para o cinema: O Homem Invisível (Estados Unidos, 1933). Este integra a lista dos principais filmes de ficção científica e horror já produzidos – as sequências, porém, não tiveram o mesmo impacto.
Longa de trucagens ímpares, conta a história de Jack Griffin (Claude Rains), que descobre uma fórmula para se tornar invisível e a usa em si mesmo. O feito, ao invés de promover o bem, leva medo e insegurança à sociedade. Ser extraordinário, O Homem Invisível tornar-se irascível e ambicioso, sob o constante temor de jamais retornar ao estado natural. Criatura anormal, que causa espanto por onde passa, será caçado pelas autoridades.
A situação, paradoxal, revela-se extremamente incômoda para Griffin. A fim de ser notado, deve andar coberto de ataduras. A luz, mesmo com as pálpebras fechadas, afeta os olhos.
Inesquecível o momento em que o rosto de Griffin surge na tela – até lá, somente sua voz é conhecida. Ponto alto da magia do cinema.
No elenco, Henry Travers e Gloria Stuart – a idosa Rose, personagem que narra a trama de Titanic (1997).
A película mostrou o talento de Rains a Hollywood. Intérprete prodigioso, atuou em sucessos como Casablaca (1942) e Interlúdio (1946).
Com O Homem Invisível, encerra-se o ciclo cinematográfico sobre obras de Wells.
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